Cientistas do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) realizaram a combinação de modelos que preveem a expansão urbana e mudanças no uso do solo com modelos hidrodinâmicos para criação de uma metodologia capaz de fornecer informações geográficas que identificam áreas de cidades sujeitas a inundações.
O estudo pioneiro, baseado em dados de São Caetano do Sul, município da região metropolitana de São Paulo, pode ser utilizado por outras cidades para traçar políticas públicas e influenciar nas decisões sobre os impactos desses fenômenos a fim de evitar mortes e destruição de edifícios e infraestruturas.
Os resultados preliminares, relatados em artigo publicado na revista Water, fazem parte da pesquisa de Ph.D. de Elton Vicente Escobar Silva, primeiro autor do artigo e pesquisador do INPE.
“Trabalho com modelagem há anos, com foco nas mudanças de uso e cobertura do solo em áreas urbanas. Queria combinar isso com a simulação de enchentes. A oportunidade surgiu em conexão com o projeto de Elton”, declarou Cláudia Maria de Almeida, pesquisadora do INPE, onde chefia a unidade de sensoriamento remoto urbano do instituto (Laboratório CITIES), co-autora do artigo e orientadora da tese de Silva, à Agência FAPESP.
“O estudo inovou ao combinar a modelagem hidrodinâmica de áreas urbanas com a complexidade da rede de drenagem subterrânea e ao usar dados reais para calibrar e validar o modelo. Combinamos imagens espaciais de altíssima resolução e deep learning. Tudo isso ligado ao big data e cidades inteligentes”, disse ela.
Fuente consultada msn.com
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