Wed, 02/26/2020 - 11:15

Grupo de 40 guerrilheiro da Colômbia entrou em território brasileiro e atacou de surpresa

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Univisión | Google

Um dia como hoje

No dia *26 de fevereiro de 1991*, um grupo de 40 guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), do "Comando Simon Bolívar", entrou em território brasileiro, próximo a fronteira entre Brasil e Colômbia, às margens do Rio Traíra no Estado do Amazonas, e atacou de surpresa o Destacamento Traíra do Exército Brasileiro que possuía 17 militares.

Esse ataque deixou *três* soldados brasileiros *mortos* e *nove feridos*.
Os militares falecidos foram: Sansão Ramos Gonçalves, Aldemir Lopes de Oliveira e Sidimar Fonseca Moraes.
Várias armas, munições e equipamentos foram roubados.

Os terroristas portavam armamento automático HK 5.56 mm e armas de caça calibre 12.
Planejaram a operação, pois se dividiram em três colunas, uma delas dando cobertura de longe com armas de longo alcance.
Faziam parte do grupo duas mulheres identificadas como tendo sido presas anteriormente no Destacamento, e que forneceram informações sobre acesso e o número de militares.

Operações de inteligência concluíram que o ataque foi motivado pela repressão exercida pelo Destacamento de Fronteira ao garimpo ilegal na região, uma das fontes de financiamento das FARC.

As Forças Armadas do Brasil autorizadas pelo, então, Presidente Fernando Collor de Mello e com o conhecimento e apoio do Presidente colombiano César Gaviria Trujillo, deflagraram a Operação Traíra, com o objetivo de recuperar o armamento roubado e desencorajar novos ataques.

Uma reunião bilateral entre representantes do Brasil e da Colômbia foi realizada em Letícia, na Colômbia, no dia 9 de março.

O Exército Brasileiro enviou tropas de Forças Especiais, Comandos e Guerreiros de Selva para atacar a base guerrilheira que se encontrava em território colombiano, próxima a fronteira.
O Comando de Aviação do Exército apoiou a missão com 4 helicópteros de manobra (HM-1 Pantera) e 2 helicópteros de reconhecimento e ataque (HA-1 Esquilo).

A Força Aérea Brasileira apoiou a Operação Traíra, com seis helicópteros de transporte de tropas (H-1H), seis aeronaves de ataque Tucano (AT-27) e aviões de transporte de tropa e carga (C-130 Hércules e C-115 Búfalo).

A Marinha do Brasil apoiou com um Navio Patrulha Fluvial, que ficou baseado em Vila Bittencourt, cooperando com o apoio logístico e garantindo a segurança daquela região.

O saldo da Operação Traíra foi:
- 62 guerrilheiros mortos;
- vários prisioneiros; e
- grande parte do armamento e equipamento recuperados.

Em 2004, as FARC planejaram outra operação para atacar outro Destacamento avançado em Querari.
Com base nas informações obtidas pela inteligência, Tropas de Selva foram enviadas frustrando a ação terrorista.

A maior parte da sociedade brasileira não sabe disso.

Fonte a consultada | Noticias de Tabatinga A-3 - grupo whatsapp ( Defensa Net)

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